Por Zezinho de Caetés
Ontem passei o dia todo tentando captar as notícias do dia. Foram somente duas. Uma hora era sobre o Eike Batista e outra hora era sobre a Carmem Lucia. No duelo Carmem x Eike, venceu este último. Foram horas e horas acompanhando todo seu trajeto de Nova York até Bangu 9, onde deve repousar, não em paz.
Por isso trato do Eike antes e depois irei para a Carmem, que está virando a “namoradinha do Brasil”, depois que homologou as delações dos 77 executivos da Odebrecht, acabando o mundo para vários políticos.
O Eike Batista, desde que encoleirou a Luma de Oliveira num carnaval, nunca saiu de cartaz. Ninguém mais do que ele simbolizou o Brasil petista, emblematizando este período com uma empresa, o Grupo X, como uma “campeã nacional”, entre outras para as quais a Dilma esfaqueou o BNDES, e nosso dinheirinho, para segundo ela, levar o Brasil aos píncaros da glória.
Quem não lembra de um vídeo que ainda hoje circula pela internet quando nossa ex-presidenta incompetenta dizia: “O EIKE É NOSSO PADRÃO, NOSSA EXPECTATIVA E ORGULHO DO BRASIL”?
Ele foi considerado o homem mais rico do Brasil e o oitavo mais rico do mundo. Não se passaram dois anos e as “campeãs nacionais”, gastando mal nosso dinheiro, alimentando a corrupção e enricando petistas, passaram a pedir mais socorro e o Eike, e seu Grupo X, passou a ser “Grupo F” de falido.
E então veio a queda da Dilma, sua última protetora, e do Lula seu penúltimo protetor, que ainda definha pelos cantos, tentando voltar, pensando que o povo é bobo, pois sabe que o Sérgio Moro não é.
E ontem vimos o que vimos. O epílogo de uma crônica anunciada. Quem diria, o Eike terminou em Bangu 9.
Eu assisti a uma sua entrevista na Rede Globo onde ele explicava porque iria se entregar. Em suma, fazia com uma cara de bobo, para se fingir de vítima talvez, dizia que queria esclarecer alguns pontos. Como para bom entendedor meia palavra basta, ele quer é delatar. Delatar virou o esporte preferido do Brasil da era lulo/petista.
Eu delato, tu delatas, ele delata, nós delatamos, vós delatais, eles delatam. Eis a conjugação do verbo da moda. E isto já está gerando problemas até para a Justiça. Não há mais juízes suficientes para examinar tantas delações, e o pior de tudo, depois da delação do Eike, penso eu, não haverá presídios suficientes para tantos delatados.
E se a moda pega mesmo, quem não tiver curso superior que se cuide, porque vai terminar sendo colega do Eike, com a cabeça raspada e tudo.
Ontem fiquei até penalizado quando vi aquele galã conquistador, com a cabeça raspada. Cheguei até a pensar que seria muito cruel o que fizeram. No entanto, verifiquei bem e vi que não rasparam a cabeça dele, apenas tiraram sua peruca. Será que a Luma de Oliveira ainda usaria uma coleira com seu nome?
Bem, e já que estamos falando em delações, e o excesso delas, a Carmem Lúcia, ontem homologou, 77 dos executivos da Odebrecht, agora tornando-as provas juridicamente válidas, segundo li em algum lugar, pois meu juridiquês é muito pequeno. Sei, no entanto, que aquilo que foi motivo de tantas “teorias da conspiração” na morte do Teori Zavascki, agora já pode ser motivo de inquéritos e prisões.
E o meu conterrâneo, o Lula, e mais uns 200, que se cuidem.
Agora, a perspectiva é saber quando virá a público estas delações. A Carmem, não tirou o sigilo que protege os criminosos, e os embaralha com homens de bem, que possam ter sido citados injustamente, o que provavelmente serão poucos mas podem existir. Isto é mal porque ficamos só aguardando os vazamentos que certamente acontecerão. E o Brasil que poderia se tornar conhecido por ter tornado sua Justiça ágil, será conhecido como um “país que vaza”.
Dizem que pela lei, os depoimentos são liberados apenas no final do processo, o que, no ritmo que anda a justiça brasileira no STF, isto iria acontecer somente em 2027, por aí. O relator, caso ache que a retirada do sigilo é de interesse público pode fazê-lo. Sendo assim, por que não tirar este segrego das costas dos brasileiros que terão de se contentar com os vazamentos?
E aí entra o outro imbróglio, que deixo para depois: Quem será o sucessor do Teori Zavascki? Se for o Lewandowski ele só tirará o sigilo no ano 2050.
Ou seja, o Brasil plantou vento, deixando o PT no poder por tanto tempo e agora está colhendo a tempestade. O grande problema é fazer que, quem pague por ela não seja só o povo brasileiro e sim os cabeças de vento que nos levaram até o furacão.
Diante do que vem por aí, a peruca do Eike não tem muita importância. As empresas “campeãs nacionais” serão aquelas que produzirem tornozeleiras eletrônicas, talvez, com o logotipo igual à coleira da Luma de Oliveira: “Eike”. – Este texto foi gentilmente roubado lá no blog Gazeta Mercantil. A manchete NÃO faz parte do texto original -
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