CONFORME DIZ O JORNALISTA CARLOS NEWTON, ESTE É O PAÍS
DA PIADA PRONTA. A ODEBRECHT ERA A EMPRESA MAIS
CORRUPTA DO PLANETA. SABENDO DISSO, LULA COLOCA O FILHO MAIS NOVO
PARA SER INSTRUÍDO PELOS EXECUTIVOS DA EMPREITEIRA. SERÁ QUE LULA
PENSOU QUE ESSE CURSO INTENSIVO IRIA FORMAR UM NOVO RONALDO FENÔMENO NA ÁREA
EMPRESARIAL?!?!?! O RESULTADO É
QUE, AGORA, PAI E FILHO ESTÃO JUNTOS COMO RÉUS DA OPERAÇÃO ZELOTES.
Wálter Nunes,
Fábio Zanini e Bela Megale
Um dos favores feitos pela Odebrecht para o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva foi pagar um orientador de carreira para ajudar seu filho
Luís Cláudio a colocar de pé a empresa Touchdown Promoções e Eventos
Esportivos, que organizava um campeonato de futebol americano. A INFORMAÇÃO
consta da delação premiada da empresa, que ainda está sob
sigilo. Segundo a Folha apurou, foi o próprio Lula quem pediu para que a
empresa bancasse o “coaching”, cujo objetivo era ensinar a Luís Cláudio, de 31
anos, técnicas de gestão. Procurado, o Instituto Lula disse que não comentaria.
Caçula de Lula e Marisa, ele promoveu entre 2012 e 2015 o Torneio Touchdown,
que reunia cerca de 20 equipes de futebol americano. A informação sobre a
contratação do orientador foi dada pelo ex-diretor de Relações Institucionais
da Odebrecht Alexandrino Alencar, pessoa na empresa que era a principal
responsável por atender demandas ligadas ao petista. A empreiteira contratou um
profissional de fora de seus quadros e o pagou. Alexandrino relata o caso como
um dos diversos serviços que a Odebrecht prestou ao ex-presidente.
OUTROS “FAVORES” – No pacote elencado pelo ex-executivo também estão detalhes da
reforma do sítio de Atibaia frequentado pela família Lula. Além disso, outros
favores da empresa ao petista são a construção do estádio do Corinthians –
descrita como um “presente” para o ex-presidente – e a compra de um terreno
para ser a nova sede do Instituto Lula. A informação referente à contratação do
orientador de carreiras para Luís Cláudio foi decisiva para que Alexandrino
conseguisse fechar seu acordo de delação com os procuradores da Lava Jato. Na
primeira entrevista que teve com representantes da PGR Procuradoria-Geral da República) e da força-tarefa de
Curitiba, a sua colaboração havia sido recusada.
ESTAVA SE OMITINDO – A
avaliação dos investigadores no primeiro encontro era de que Alexandrino estava
poupando o petista e escondendo informações para protegê-lo. Pressionado, ele
trouxe novos relatos. O depoimento do ex-executivo foi realizado em
novembro em Campinas (SP) e durou mais de dez horas. Formado em educação
física, Luís Cláudio trabalhou como auxiliar de treinamento nos grandes clubes
paulistas: Palmeiras, São Paulo, Santos e Corinthians. Entre as funções
que exercia estava colocar nos gramados pequenos cones que balizam os
exercícios dos jogadores. Foi ajudante do técnico Vanderlei Luxemburgo.
Em 2011, abandonou os gramados e fundou a LFT Marketing
Esportivo, tendo como primeiro cliente o Corinthians, na época presidido por
Andrés Sanchez, hoje deputado federal pelo PT. O filho do ex-presidente
Lula recebeu cerca de R$ 500 mil entre 2011 e 2013 sem ter desempenhado função
no clube, segundo relatos de funcionários do time, entre eles o então o diretor
de marketing, Luis Paulo Rosenberg.
GRANDES PATROCINADORES –
Apesar de amadores, os torneios de futebol americano da empresa do filho do
ex-presidente tinham grandes empresas como patrocinadoras, entre elas TNT,
Budweiser, Tigre, Sustenta Energia (grupo JHSF), Qualicorp, GOL e Caoa Hyundai.
A Caoa é investigada por ter contratado o escritório de lobby Marcondes &
Mautoni para obter extensão da desoneração fiscal por meio de medida
provisória. Na época, o escritório contratou a LFT, de Luís Cláudio, por R$ 2,5
milhões para uma consultoria na área de marketing esportivo. O estudo feito
pela LFT era um compêndio de informações tiradas de sites, o que levou à
suspeita de que o pagamento ao filho de Lula seria uma forma de comprar
influência junto ao governo. Luís Cláudio nega e diz que a consultoria foi
realizada. Em 2016, o campeonato Touchdown deixou de ser REALIZADO
. Depois que Luís
Cláudio foi alvo da Zelotes, em outubro de 2015, o torneio perdeu
patrocinadores e os times decidiram atuar em outra liga.
OUTRO LADO – Questionado sobre se houve a contratação de um orientador
profissional pago pela Odebrecht para dar assistência a Luís Cláudio Lula da
Silva, filho do ex-presidente Lula, o Instituto Lula disse, em nota, que a
reportagem da Folha se baseia “em suposta delação para obtenção de benefícios
judiciais que deveria estar sob sigilo, sem apresentar transcrição, documento,
contexto, época do ocorrido ou qualquer informação básica que permita até
compreender o que está sendo perguntado pela reportagem”. O advogado de Luís Cláudio não respondeu os questionamentos da
reportagem. E a Odebrecht afirmou que não se manifesta sobre
depoimentos das pessoas físicas. “A empresa reafirma que segue cooperando com
as autoridades e tem avançado na adoção de medidas para aprimorar seu sistema
de conformidade.” Diz que todos os integrantes devem “combater e não tolerar a
corrupção em quaisquer de suas formas”. – A manchete e a imagem não fazem parte do texto original -
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