Magno Martins
As revelações da
revista IstoÉ, ontem, antecipando, com exclusividade, que o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva recebeu R$ 8 milhões em dinheiro vivo da Odebrecht, podem
sepultar de vez o projeto da volta do petista ao poder. Até então, aquele que se
considera o homem mais honesto do mundo esbravejava que era inocente e que
ninguém tinha provas do seu envolvimento na operação Lava Jato.
Está provado que o
castelo de Lula não era de concreto, mas de areia. E desmoronou! Na sua defesa,
dirá que a dinheirama tem relação direta com o pagamento de palestras. Segundo
o que a revista apurou, a grana chegou às mãos de Lula quando ele já não era
mais presidente. Mas que empreiteira tão generosa para bancar R$ 8 milhões em
blábláblá de um ex-presidente!
Como diz um ditado
popular, tem mais alguma coisa no ar, além de avião de carreira. Só os petistas
empedernidos ou os lulistas cegos para não reconhecer a fortuna da família
Silva, a começar pelo filho Lulinha, que virou de uma hora para outra um
limpador de cocô de elefante de zoológico num dos novos e prósperos ricaços do
País. Basta ver o seu patrimônio.
O juiz Sérgio Moro
já deve ter todas as provas para botar Lula, o chefe da quadrilha, no xadrez.
As evidências da ladroagem vão aparecendo passo a passo, na medida em que o
cerco vai se fechando. Profissional meticuloso e frio, como deve ser todo
magistrado num esquema de tal envergadura, Moro vai comendo pelas beiradas.
Não quer deixar
brechas para contestações. Sabe ele que a prisão de Lula não é um ato comum nem
tampouco involuntário. Envolve mentes e corações. Mexe com o sentimento humano.
Como na operação Mãos Limpas, na Itália, o desfecho que se materializa com a
prisão do chefão da máfia é a última cartada. Não pode dar errada nem sofrer
atropelos.
Certa vez ouvi do
advogado Hélio Bicudo, ex-petista, um dos signatários da peça jurídica que
fundamentou o impeachment de Dilma, que Lula, antes de virar presidente, morava
em um apartamento com dois quartos no ABC paulista, com contas atrasadas de
condomínio, sem ter onde cair morto. Com as rédeas do poder nas mãos, construiu
um patrimônio sólido, enriqueceu a família.
No mesmo dia em que
uma revista traz a prova do crime, Lula desponta na liderança de uma pesquisa
para presidente. Normalíssimo! Trata-se do chamado recall, a lembrança do nome
mais conhecido pelo eleitorado alienado, que não acompanha nem tem capacidade
de avaliar os fatos do dia a dia. Lula não é candidato nem resistiria a
uma campanha sendo réu em cinco processos. Com o desenrolar da campanha, despenca
nas pesquisas e vira um zumbi. –
As imagens e a manchete não fazem parte do texto original -
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