sábado, 10 de novembro de 2018

LULA JÁ TRAMBICAVA COM NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS DESDE OS ANOS 90...




Todas as investigações e processos que pesam contra o ex-presidente Lula na Lava Jato envolvem alguma operação com imóveis. O petista, que parece ter uma verdadeira obsessão por negócios imobiliários, foi condenado por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá, mas ainda responde por supostos crimes relacionados ao sítio de Atibaia, uma cobertura em São Bernardo do Campo, ao lado de seu apartamento, e ainda uma operação envolvendo a compra de um terreno onde seria erguida uma nova sede para o Instituto Lula.

Mas os negócios imobiliários obscuros fazem parte da vida de Lula desde os anos 90. O petista, que tentou se promover nacionalmente como um homem pobre, esteve relacionado com várias transações imobiliárias suspeitas ao longo das últimas décadas. Lula acabou preso por conta de seus negócios com imóveis. Apesar de tardiamente, a casa literalmente caiu para o petista.

O nome do advogado Roberto Teixeira está por trás de praticamente todas as transações imobiliárias do ex-presidente Lula. Há indícios que levantam suspeitas de órgãos de fiscalização em praticamente todas as transações.

O escândalo da CPEM ficou conhecido como o primeiro grande esquema de corrupção e desvio de recursos públicos para financiamento partidário no PT. A Consultoria para Empresas e Municípios, Cpem, tinha um poderoso aliado no partido na década de 90 que facilitava a obtenção de contratos com prefeituras administradas pelo PT: o advogado Roberto Teixeira, compadre do presidente Lula e padrinho de seu filho mais novo.


Na época, as prefeituras petistas no interior paulista sofriam pressões para contratar a CPEM  para pagar-lhe valores exorbitantes por serviços não prestados. Após dois anos de denúncias infrutíferas aos dirigentes máximos do PT, um integrante da legenda, Paulo de Tarso Venceslau, tornou público o esquema de favorecimento ilícitos à CPEM.

Teixeira se defendeu em nota, afirmando que "sim, o sr. Luiz Inácio Lula da Silva, cuja amizade muito me orgulho, e com o qual mantenho relações familiares (...). O sr. Luiz Inácio Lula da Silva, diante dos argumentos apresentados, disse que a empresa deveria procurar as prefeituras petistas, apresentando diretamente as propostas, o que foi feito com o meu eventual auxílio".

Na época, Lula tentou negar o apoio a Teixeira e chegou a chorar, numa reunião do diretório nacional do PT, alegando não ter influenciado as contratações da Cpem. Afirmou que se limitou a recomendar Teixeira a procurar as prefeituras sob comando do partido.

Como resposta ao escândalo vazado para a imprensa, o partido se viu forçado a tomar medidas e submeteu o assunto a uma Comissão Especial de Investigação presidida por Hélio Bicudo, que culpou Venceslau por vazar um assunto interno para a imprensa burguesa.

A Comissão acabou decidindo pela expulsão de Paulo de Tarso Venceslau, reconhecido como um dos militantes mais honestos do partido. O relatório foi assinado por Bicudo, Paul Singer e José Eduardo Cardozo. A mesma comissão decidiu ainda que o amigo de Lula e militante do PT, Roberto Teixeira, deveria ser julgado por corrupção.

Lula não se conformou com a decisão e ameaçou deixar o PT, caso fosse instaurado tal procedimento contra Teixeira –que era seu compadre e lhe fornecia um apartamento de cobertura em São Bernardo do Campo para morar de graça com sua família .

A direção partidária optou, então, por desconsiderar o parecer da Comissão, expulsando Venceslau e mantendo Teixeira impune.

Teixeira emprestou uma casa para Lula quando ele disputou pela primeira vez a Presidência da República. Entre 1996 e 2001, Teixeira ajudou Lula a adquirir três imóveis em São Bernardo do Campo. Em todos os casos, há o envolvimento de empresas em situação falimentar para as quais Teixeira prestou serviços advocatícios. Lula teve de se explicar à Polícia Civil e ao MP.

A atual moradia oficial dos Lula da Silva, o apartamento de cobertura no edifício Green Hill, foi comprado por sugestão de Teixeira. Ele trabalhava para Dalmiro Lorenzoni, dono da empreiteira que fez o prédio.

Em 1998, o Ministério Público abriu um inquérito para apurar um suposto crime de sonegação fiscal envolvendo Lula, Teixeira e a empresa. Na oportunidade, suspeitou-se que a incorporadora foi beneficiada por uma decisão da prefeitura de São Bernardo do Campo, anos antes, em 1991, quando administrada pelo PT. Então prefeito interino, Djalma Bom (PT) revogou a desapropriação de uma área de 3,3 mil metros quadrados da empresa de Dalmiro.

Quatro anos depois, parte da área legalizada foi comprada pelo então vice-presidente nacional do PT, Luiz Eduardo Greenhalgh. Um ano depois, em 1996, Lula comprou um apartamento em construção pela mesma Construtora Dalmiro Lorenzoni Construções

Aberto a pedido do Ministério Público em 1998, o inquérito policial só foi encerrado em 2003, quando Lula já havia tomado posse como presidente da República e Greenhalgh era deputado federal. Por conta disso, os autos foram remetidos para o Supremo Tribunal Federal.

Um ano depois, a Procuradoria-Geral da República solicitou o arquivamento e o STF atendeu ao pedido. Em 2005, o caso foi arquivado. Nem Teixeira nem Lorenzoni sofreram ações.

Veja abaixo um vídeo da época dos escândalos envolvendo Lula e seu amigo Roberto Teixeira:

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